Muito se fala em vida saudável nos dias de hoje, mas poucos sabem do que se trata realmente ter uma vida assim. Praticar, então, essa tal vida saudável, fica mais difícil ainda!
Há muita informação no mídia, internet, jornais, entretanto muitas são as dúvidas...
Este espaço foi criado para divulgação de informações sobre tópicos relacionados a saúde, atividade física, dietas e assuntos afins, com um foco especial na área da Endocrinologia, na qual atuo.
Aproveitem!!!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

E como está sua vitamina D?

Você sabe como está sua Vitamina D? Há pelo menos 3 anos muito tem se falado sobre a importância em se pesquisar a deficiência de vitamina D.  Muitos artigos tem explorado os diversos papéis dessa vitamina no organismo, que, para ser sincera, não deveria nem mais ser tratada como um “vitamina”, mas sim um hormônio! O aumento da incidência de deficiência de vitamina D é uma realidade no mundo inteiro. Acreditava-se que o Brasil, por ser um país “ensolarado”, estaria livre deste problema. O que tem se observado é que mesmo neste país ensolarado muitos tem deficiência de vitamina D. Tenho solicitado rotineiramente essa dosagem e fico impressionada de como tenho encontrado deficiência desta vitamina. Mas, porque é importante tratar a deficiência de vitamina D? A vitamina D tem como funções: 1)Regular o metabolismo ósseo desde a absorção de cálcio no intestino, fixação de cálcio nos ossos, formação de osso, mantendo a “qualidade do osso”. Previne osteopenia e osteoporose. 2) nos músculos (tecido muscular) regula a entrada de cálcio e a força, além do tônus muscular. Sua falta leva a fraqueza muscular, fadiga, diminuição do equilíbrio e maior propensão a quedas. 3)previne o aparecimento de Diabetes tipo 2. 4)Atua no sistema de defesa do organismo (sistema imune) , sendo que sua falta leva a um maior aparecimento de doenças auto-imunes. 5)Atua no músculo dos vasos sanguíneos, diminuindo a produção de sustância que aumentam a pressão e inibe a formação de novos vasos sanguíneos. A falta de vitamina D pode ser responsável por aumento da pressão arterial e de eventos cardíacos (infarto do miocárdio). 6) Parece tem efeito anticancerígeno, principalmente quando se trata de câncer de intestino. Quem está sob maior risco para essa deficiência?  Idosos, principalmente mulheres; Negros; Pessoas que utilizam protetor solar diariamente ou que se exponham pouco ao sol; OBESOS; Acho fundamental dosar essa vitamina principalmente nos indivíduos com maior risco de deficiência. Repor sempre que necessário e sem excesso, afinal como sempre falo aqui, o equilíbrio é fundamental! Até breve!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Óleo de coco: beneficio real ou mito?


Depois de um longo período ausente, estou voltando a escrever. Decidi retornar com um tema que tem sido muito comentado, que é o uso do óleo de coco para emagrecimento. Como um óleo pode levar ao emagrecimento? Vivemos escutando sobre os malefícios do excesso de gordura na alimentação e de repente me aparece um óleo “prometendo” emagrecer?

O óleo de coco tem sido “badalado”, gerando empolgação por suas propriedades benéficas, porém, uma conclusão definitiva sobre seu poder emagrecedor ainda depende da conclusão de estudos que estão em andamento. Aqui no Rio de Janeiro mesmo há um grupo do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras conduzindo um estudo neste sentido. Mas o que faz desse óleo especial?

O óleo de coco é rico em triglicerídeos de cadeia média, que não dependem de nenhuma enzima digestiva para serem absorvidos pelo organismo. Após absorvidos, caem rapidamente na corrente sanguínea. Tem 3 efeitos principais:

1) SACIEDADE: atuando no Sistema Nervoso Central, nas regiões responsáveis por sinalizar que a pessoa esta SATISFEITA, diminuindo tanto a fome como a vontade de iniciar uma nova refeição.

2) NO ESTÔMAGO: diminui a velocidade de contração do estomago, deixando este mais “parado” e diminuindo a velocidade de esvaziamento. Isso prolonga a sensação de SATISFAÇÃO.

3) NO METABOLISMO: Parece aumentar a taxa de metabolismo basal, e assim, o gasto de energia, além de alterar a produção de gorduras pelo organismo. Diminui os triglicerídeos e aumenta o colesterol HDL (o colesterol “bom”).

Esses efeitos têm sido atribuídos principalmente ao ácido láurico presente neste óleo. A confirmação disso, entretanto, depende dos estudos em andamento comparando os efeitos do uso de óleo de coco versus acido láurico isolado e placebo.

A quantidade de óleo benéfica seria de 1 a 4 colheres de sopa do óleo por dia, ingeridos juntamente com as refeições. Tem que ser do óleo de coco VIRGEM, e não do refinado. A quantidade de óleo pode variar de acordo com a pessoa, idade e doenças associadas a obesidade. A terapia deve ser individualizada pelo médico e nutricionista.

Vale ressaltar que esses efeitos descritos são POTENCIAIS não havendo ainda conclusão definitiva sobre benefícios e malefícios.

Ainda vale o conselho de dieta e atividade física acima de tudo!! (Vocês vão cansar de me ler isso no meu blog!)

Até logo!!