Esta imagem foi retirada da revista Veja ed 2297- ano 45- n 48
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Obesidade, diabetes e bactérias intestinais. Qual a relação entre eles?
Esta imagem foi retirada da revista Veja ed 2297- ano 45- n 48
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Hábitos fazem de nós quem somos! Em que diferem os americanos e os franceses?
França
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Estados Unidos
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As pessoas comem devagar e
apreciando a comida. O marido francês de uma amiga que está morando em Paris
demora 3h jantando! Comendo vagarosamente, degustando, entrada, prato
principal e queijo (isso mesmo, queijo ao invés de sobremesa doce). Sem ver
televisão, ou dividir a atenção com mais nada.
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FAST FOOD já diz tudo = é
a cultura do comer RAPIDO, andando, resolvendo os problemas, sem nem se dar
conta do que e do quanto se come. Café da manhã geralmente no carro, enquanto
se dirige para o trabalho, almoço em pé na rua ou na mesa de trabalho, lendo,
vendo um flme, sem perceber a comida.
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Comer até se saciar e nada
mais. Em geral os franceses comem até se saciar, com “elegância” e não “por
comer”. Quando satisfeitos, saem da mesa.
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Comer com os “olhos”, tudo
tamanho GG. Comer muito! "Você aceitaria o tamanho maior dessa promoção por apenas 50 centavos a mais?"
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E os croissants, “pain au chocolat” (folheados com
recheio de chocolate), docinhos presentes em cada esquina? Perguntamos como
não engordam comendo isso. Resposta: “Não comemos isso todo dia! Normalmente,
no café da manhã, comemos uma torrada integral ou uma fruta.”
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“Oreos”, “cookies”,
sanduiches, pizza e muitos produtos industrializados, todos fazem parte SIM
da refeição básica da maior parte dos americanos. Chocante para mim ver no
programa do Jamie Oliver (cozinheiro inglês que percorreu as escolas
fundamentais dos EUA) que muitas crianças americanas não reconhecem frutas e
legumes por NUNCA TEREM VISTO esse em sua forma “natural”, pois seus pais não
consomem esses alimentos ou só compram produtos congelados ou pré-prontos.
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Refrigerante? Não vemos
quase ninguém bebendo. Quando víamos, logo constatávamos serem AMERICANOS.
Nas refeições: vinho e/ou agua. Nos intervalos? Água. Santa água
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Refrigerante substituindo
água. Vendido aos “baldes” de 750 mL, 1000 mL ou mais. O refrigerante tem
sido apontado como uma das principais causas da obesidade e da liderança dos
EUA com o pais mais gordo do mundo!
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Por todos os cantos tinha
alguém correndo ou andando de bicicleta. Muitas bicicletas com pessoas de
todas as idades em cima delas. Testei o Velib em Paris: mais de 300 estações
espalhadas por toda cidade, sendo os primeiros 30 min de graça. Fácil e
pratico, sem necessidade de cadastro antecipado.
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Todos andando de carro.
Carros, muito carros, automáticos, luxuosos... andar pra que?
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Menopausa e terapia de reposição: fazer ou não fazer, eis a questão.
O estudo WHI (Women’s Health Initiative), que provocou um verdadeiro “rebuliço” na vida das mulheres em terapia de reposição hormonal (TRH) ou daquelas que pretendiam faze-la, completa 10 anos. Nesse tempo muitas lições foram apreendidas. Acho ser essa uma boa hora para rever alguns conceitos e preconceitos sobre esse assunto.
6) Previne perda de memória e alguns tipos de demência.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Obesidade, fertilidade e contracepção Parte 2
A obesidade é apontada como fator desencadeante de uma série de alterações da “capacidade reprodutiva” das mulheres (como já falado anteriormente), bem como problemas durante a gestação que põe em risco o feto (como pré-maturidade e maior risco de eclampsia, que é a forma grave de hipertensão arterial na gestante , evoluindo com crises convulsivas e lesão neurológica na mãe).
Muitos trabalhos relatam aumento do risco de perda fetal (aborto) precoce na gestação tanto em gestação espontâneas como naquelas induzidas pelo médico (com auxílio apenas de medicações ou fertilização in vitro). O mecanismo exato de infertilidade não está bem elucidado ainda. Já é sabido que mesmo nas mulheres com sobrepeso (IMC maior que 25 Kg/m2) os picos do hormônio luteinizante [LH] (que induz a ovulação e a formação do corpo lúteo) é menor (menos amplo) e que na média a concentração desse hormônio no sangue também é menor. Além disso, essas mulheres têm uma PIOR resposta ao estímulo de ovulação induzida por injeções de gonadotrofinas (como o Lupron) utilizadas para induzir ovulação.
Muito interessante é o fato que além de maior risco de infertilidade, o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de GESTAÇÃO INDESEJADA. Isso foi surpreendente para mim também! O risco da FALHA do contraceptivo hormonal (pílula anticoncepcional) é maior nas obesas ou com sobrepeso. A explicação para isso seria que o fígado da mulher nessa condição metaboliza mais rapidamente esses anticoncepcionais que os hormônios do anticoncepcional ficariam “seqüestrados”, dissolvidos na gordura, não atuando nos locais que deveriam atuar. Mas as evidencias na literatura médica sobre o porquê disso acontecer ainda é controversa e precisa ser melhor esclarecida.
A perda de peso é o tratamento de PRIMERIA linha no caso de mulheres inférteis, que não ovulam. A perda de peso de 2-10% do peso corporal já restitui a ovulação e a fertilidade em 44-72% das mulheres obesas nesta situação! Por isso, atenção mulheres que estão fora do peso mas desejam gestar: vamos correr atrás do prejuízo (literalmente) e fazer logo dieta e atividade física!!
domingo, 29 de julho de 2012
Obesidade, Infertilidade e Contracepção. Parte 1, opinião do Fisiologista.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Meia-maratona: sonho, planejamento, treinamento, conquista. Lições de vida.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Chia: essa sementinha está na moda. Mito ou verdade?
segunda-feira, 18 de junho de 2012
E como está sua vitamina D?
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Óleo de coco: beneficio real ou mito?
Depois de um longo período ausente, estou voltando a escrever. Decidi retornar com um tema que tem sido muito comentado, que é o uso do óleo de coco para emagrecimento. Como um óleo pode levar ao emagrecimento? Vivemos escutando sobre os malefícios do excesso de gordura na alimentação e de repente me aparece um óleo “prometendo” emagrecer?
O óleo de coco tem sido “badalado”, gerando empolgação por suas propriedades benéficas, porém, uma conclusão definitiva sobre seu poder emagrecedor ainda depende da conclusão de estudos que estão em andamento. Aqui no Rio de Janeiro mesmo há um grupo do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras conduzindo um estudo neste sentido. Mas o que faz desse óleo especial?
O óleo de coco é rico em triglicerídeos de cadeia média, que não dependem de nenhuma enzima digestiva para serem absorvidos pelo organismo. Após absorvidos, caem rapidamente na corrente sanguínea. Tem 3 efeitos principais:
1) SACIEDADE: atuando no Sistema Nervoso Central, nas regiões responsáveis por sinalizar que a pessoa esta SATISFEITA, diminuindo tanto a fome como a vontade de iniciar uma nova refeição.
2) NO ESTÔMAGO: diminui a velocidade de contração do estomago, deixando este mais “parado” e diminuindo a velocidade de esvaziamento. Isso prolonga a sensação de SATISFAÇÃO.
3) NO METABOLISMO: Parece aumentar a taxa de metabolismo basal, e assim, o gasto de energia, além de alterar a produção de gorduras pelo organismo. Diminui os triglicerídeos e aumenta o colesterol HDL (o colesterol “bom”).
Esses efeitos têm sido atribuídos principalmente ao ácido láurico presente neste óleo. A confirmação disso, entretanto, depende dos estudos em andamento comparando os efeitos do uso de óleo de coco versus acido láurico isolado e placebo.
A quantidade de óleo benéfica seria de 1 a 4 colheres de sopa do óleo por dia, ingeridos juntamente com as refeições. Tem que ser do óleo de coco VIRGEM, e não do refinado. A quantidade de óleo pode variar de acordo com a pessoa, idade e doenças associadas a obesidade. A terapia deve ser individualizada pelo médico e nutricionista.
Vale ressaltar que esses efeitos descritos são POTENCIAIS não havendo ainda conclusão definitiva sobre benefícios e malefícios.
Ainda vale o conselho de dieta e atividade física acima de tudo!! (Vocês vão cansar de me ler isso no meu blog!)
Até logo!!
domingo, 6 de maio de 2012
Pausa para descanso....
terça-feira, 17 de abril de 2012
Dieta e atividade física para emagrecer: mudar é possível?
Muitas pessoas são contra o uso de medicações para emagrecer. Eu também!
Ok, você deve estar se perguntando: “Espera ai, não foi ela mesma quem defendeu o uso da sibutramina, neste mesmo blog?” Deixe eu me explicar melhor. Sou contra o USO ISOLADO E “MILAGROSO” dos medicamentos, até mesmo porque remédio isolado não faz milagre! (Infelizmente, rsrsrsrs) A medicação ajuda e muito principalmente quando temos quadros crônicos de obesidade, distúrbio alimentar (sendo muito comum a compulsão alimentar), comer noturno, e outros que são verdadeiros sabotadores da dieta, e do peso!
Mudar é preciso... mas não é nada fácil. Os hábitos modernos, comidas prontas, super práticas, porém cheias de gordura saturada, farináceos e conservantes embutidos, controle remoto, elevados, carros hidramáticos, máquina de lavar roupa (A Santa!)... tudo muito bom, porém péssimo para o nosso organismo. “A tá, então vou ter que voltar ao tempo da pedra? Lavar roupa na mão, criar galinha em casa, ir trabalhar andando da Barra da Tijuca até o Centro da cidade (e levar 4h para chegar ao trabalho)?” Não, não, não. Pequenas mudanças fazem toda diferença. Muitas vezes (na maioria delas, diga-se de passagem), seja no consultório privado, no ambiente público, ou mesmo numa conversa de bar, as pessoas se revelam fazendo TUDO ERRADO. Não adianta num primeiro momento tentar mudar TUDO: “O Senhor(a) vai ter que seguir essa dieta (super rígida), iniciar atividade física 5x na semana, parar de beber bebida alcóolica, cortar doces... e escalar o Himalaia (esse ultimo é brincadeirinha).” Para 99% das pessoas isso é IMPOSSIVEL!! Tudo, ao mesmo tempo agora, não dá!
Mudar o estilo de vida é difícil mas não impossível. Isso implica em mudanças de hábitos sedimentados ao longo de anos, muitas vezes hábitos passados de geração em geração. Mudança de conceitos e quebra de preconceitos. Mudar é difícil mas não impossível. Existem alguns pontos muito importantes para se obter o sucesso nessa jornada:
1. Auto conhecimento é fundamental! Cada um tem um jeito e sabe o que é difícil para si. Traçar uma estratégia é fundamental! Nada é impossível!!
2. Sedentário. Inicie uma atividade física que lhe dê prazer: dança de salão (sempre sonhei em fazer), natação (super relaxante), yoga, luta (já fiz jiu-jitsu- M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O. Excelente para extravasar o estresse), tênis, bicicleta... caminhada...qualquer coisa. Ah tá, nada te dá prazer? Odeia atividade física? Tem que fazer mesmo assim. Escolha uma e se condicione a ir pelo menos 3x por semana. “Não tem tempo?” Arranje!! Pode ser 10 min de caminhada diária. Parece pouco? É um início. O importante é criar o hábito. Após 1 semana caminhando 10 min/dia, aumente para 15 min, depois 20 min... até alcançar 30 min. O importante é criar o hábito!!
3. “Não tenho tempo de comer direito” (só pra comer errado? Não entendi??). Não boicote você mesmo. Tempo é organização. Existe uma infinidade de opções hoje de comida saudável congelada, opções múltiplas de sanduiche + salada caseira, frutas e polenguinho light embalado individualmente, que podem ir na bolsa... Basta se organizar! Mesmo comendo na rua é possível fazer um refeição leve. Tudo são as ESCOLHAS que você faz.
4. Estabeleça metas realistas: Primeiro melhore sua alimentação não comendo doce de sobremesa (no trabalho) durante 6 dias da semana, por exemplo. Na outra semana, troque o pão francês ou o branco por pão light integral e tudo o que for “gordo” por light (leite integral por desnatado, queijo amarelo por branco/requeijão light, iogurte integral pelo light, açúcar por adoçantes, etc). Na próxima semana, corrija as quantidades... Pequenas mudanças podem somar grandes, enormes mudanças quando são feitas de forma lenta e no seu ritmo. Você tem que se acostumar com essa “nova vida”.
5. Use as escadas. Ande até o restaurante, academia, banco... evite o carro para pequenas distancias. Não faça drama!! Ouse! Aproveite um dia bonito para ir a pé! Crie coragem e vá!
Neste processo o apoio da família e dos amigos é fundamental. Muitas vezes estamos “dormindo com o inimigo” (é apenas uma metáfora rsrsrsrs). É a mãe que te oferece o seu prato “calórico” predileto, que ela fez especialmente pra você; o amigo que te leva num bar e quer “rachar” uma porção de batata frita... Neste caso, mudar fica ainda mais difícil! Mobilize todo mundo a te ajudar. E se você esta ao lado de alguém tentando mudar: “Pelo amor de Deus, ajude essa pessoa!! Colabore e não boicote esse processo tão difícil e custoso!” De qualquer forma o principal interessado em emagrecer, ganhar saúde, para de fumar... é VOCE!!!
Se organize. Planeje. MUDAR é possível! Eu ainda acredito nas pessoas! J